terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mundo Interior

As pessoas desperdiçam seu tempo discutindo sobre o mundo, questionando a vida social e duvidando de suas existências, enquanto possuem um universo inteiro em seu interior.
Eu possuo um mundo completo dentro de mim. Sou mares revoltosos de sentimentos e oceanos de dúvidas inquestionáveis. Eu sou os relâmpagos que cruzam o céu em meio a tempestade de sentidos intermitentes que deflagra a eloquência pelas campinas de esperança e os planaltos de desafios. Sou a gota incerta da chuva que desliza pelas ruas da vida.
Meu céu é gelo incandescente que se mistura ao magmático crepúsculo do meu eu-poente. Eu sou a estrela cristalina, multifocal que ilumina meus lares, meus países, meus dias e noites interiores.
Eu sou a origem de todas as línguas e culturas. Eu sou a explosão da Vida e a epifania de todas as mitologias; sou o canto das árvores que sustentam os frutos da minha alma.
Meu espírito é espaço derradeiro e ilimitado que destrói as fronteiras do corpo que o contém. Este ser não é mais um prisioneiro das amarras da existência. É dono de si sem o ser de fato. Ele é a liberdade em carne e essência.
Eu sou o entardecer das estações e o alvorecer das personalidades. Meu grito é prosa retumbante, meu eco é poesia falciforme.
Sou prelúdio da aurora que aquarela o horizonte dos mortais que avistam o monte da Boaventura. Entardeço as cores do cosmo no arrebol celestial. Meu tempo é grão de areia das praias que criei, meu limite aquele que demarco com o dedo em cubo de iceberg.

Este é o meu mundo, este sou eu.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Labyrinth

Eu sou... A variável ambulante da minh’alma. Vivo... Na constante inconstância do meu ser imperfeito. Ando... Na imutável oscilação de minhas emoções mais profundas. Corro... Na certeza incerta do meu mundo interior. Fujo... Na temporária hipótese do meu eterno paradoxo. Permaneço... Na mentira verdadeira que ronda minha existência. Perco-me... Nas verdades falsas que me isolam do meio. Procuro-me... Na essência do meu espírito. Encontro-me... Rodeado de múltiplos eus. Eu sou um labirinto sem saída. Sem entrada nem despedia. Eu sou a porta... Eu sou o vácuo. E em mim, não só eu como todos... Perdem-se.

Unfit

Ah! Ela nasceu desprovida... Ela nasceu sem. Sem o que? Bem, não importa muito. O essencial é que ela simplesmente não tinha. Não tem e nem terá.
Inapta para vida. Era preferível ter se mantido na inércia do não existir, do que vir à agitação das moléculas do cosmo, virar submissa do Destino.
Ela nasceu fraca e não há de mudar. Anda cabisbaixa e aceita o açoite da Vida, nas recentes chagas da corda de capim. Caminha muda, porque seus senhores não lhe deram o direito a fala. Caminha muda, porque arrancaram-lhe o senso. 
   Oh! Ela é uma escrava sem valor. É uma covarde, sem conhecimento de o sê-lo. Ela é apenas mais uma vítima das intrigas do mundo.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Chamas de Existência


O homem é fogo. O corpo, chamas. E a alma, ardência.
A alma é calma, voluptuosa... É ardência gentil que afaga os limites do corpo, gerando faíscas. O corpo são as múltiplas explosões de calor ao redor da aura. É chama, é quente... É desejo compulsório. O homem é fogo consumidor, carícia depredatória. É flama, é raio... Que serpenteia entre a fogueira.
O homem é fogo. O corpo, chamas. E a alma, ardência.
O homem serpenteia dentre a fogueira. O corpo explode em espirais eloquentes.  E a alma... Ah! A alma... A alma é êxtase enclausurado,  loucura sentimental.

domingo, 4 de agosto de 2013

World Of Lies


Os piores momentos do meu dia a dia são aqueles angustiantes minutos em que permito que a névoa da ignorância decaia. E então eu revivo a veracidade do que sempre soube...
Tudo não passa de uma grotesca mentira. Exatamente! Nada neste mundo é verdadeiro, porque até mesmo as verdades universais não passam de mentiras comprovadas por crenças e ciências especulativas.
É da natureza humana mentir, omitir, esconder e suprimir. O Homem detesta enfrentar seus demônios internos ou suas projeções ameaçadoras do mundo.
Para que confrontar de peito aberto o que teme, se pode fingir que nada dessas coisas existem?!
E é por isso que eu também me renego a ver o que meu ser já conhece. E assim acorrento meu inconsciente nas profundezas de minha alma para que possa me iludir nesta dimensão de falsidades...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Será Possível Retornar?


Meus sentimentos cismam em clamar por aquela foto de um passado tão distante. De uma infância mútua, na qual nos conhecemos. Um tempo que nos foi agradável, mas que deixou de existir. Um tempo no qual a inocência nos uniu em um amor puro e infantil.
Às vezes me questiono por qual motivo a Vida é tão cruel; por qual motivo ela quis nos juntar, para depois nos separar... Por que as coisas nascem para morrerem com a maturidade?
E lá vão as crianças de branco e preto na pequena folha de papel. Andando de mãos dadas pelo bosque de outono. Caminhando por lembranças que persistem em me atormentar.
Será que algum dia aquelas crianças que nós fomos podem retornar ou agora em diante permaneceremos essas reles sombras de algo que foi muito melhor?

What We Could Have Been...


O céu retumba do lado de fora. A janela embaçada lembra-me de nossas respirações descompassadas, em uma lembrança vaga de momentos passados.
As gotas de chuva se prendem ao vidro, riscando sua superfície. Marcando-a de cima a baixo, contando histórias de corações partidos. Seriam contos de aprendizagem? Seria apenas minha mente, pregando-me uma peça? Ou seria o mundo, comprovando nossos erros mesquinhos?
Olho o céu em busca de algum sinal de mudanças. A esperança em meu peito é fraca, quase nula. A negritude das nuvens assombram meus olhos, convertendo minhas lágrimas em desespero.
Se há salvação para nós dois eu não sei. Se há perdão pelos nossos erros, também, não sei. O que tenho certeza é que desconheço o futuro diante de nossas vidas.
Não reconheço mais meu reflexo no espelho e não reconheço em você  a pessoa que me conquistou. Para mim, passamos a ser meros desconhecidos que não têm coragem de olhar um nos olhos do outro.
É... Talvez seja tarde demais e as falhas do passado não possam ser esquecidas ou amenizadas. Mas ainda assim, sofro pelo que poderíamos ter sido juntos.

Como Bolhas De Sabão


Nossas vidas são como microuniversos. Cada um com seu território delimitado na estrada do Destino. Mas no decorrer de nossas existências podemos acabar esbarrando uns nos outros. Conhecendo-nos, amando-nos, odiando-nos...
 Poeticamente somos como bolhas de sabão: simples, frágeis... E com qualquer toque mais rude, nos desfazemos, como a espuma, e deixamos de existir.
E assim, as bolhas vão voando no Espaço, sendo guiadas pelos ventos. Chocando-se uma nas outras. Voando, vivendo, existindo... Somos tão simples, sendo tão complicados.
Pensamos na Vida como se fossemos seus donos, sem dar-nos conta de que na verdade somos seus subordinados. Um dia estamos nas mãos da Vida e na outro estamos nas mãos da Morte. Então todos os sonhos, os planos, os objetivos, os desejos, tudo se perde nas lembranças, no tempo...
É tão deprimente o fato de que as bolhas se acham autossuficientes! Não somos nada sem ajuda do Meio, então por que, cargas d’águas, somos tão soberbos e egocêntricos?!
E nesse furor egoísta e narcisista nos perdemos nos breves momentos de existência que possuímos...

domingo, 23 de junho de 2013

Destruindo Sonhos


Disseram-me que para que eu possa viver no mundo real- nesse universo cruel- eu tenho de mutilar meus próprios sonhos. Destruir um por um, em busca de algum específico que possa sobreviver à selvageria das sociedades. E que a cada sonho que eu mate, eu devo guardar a dor por tê-lo feito. Essa dor sôfrega, que dominará meus membros, será a lembrança necessária para que eu tenha força de enfrentar os monstros da civilização.
Cada corte uma quimera. Cada sutura uma vitória amarga. Porque o azedume é o gosto que os campeões provam quando destroem a infinidade de aspirações que possuíam em prol de uma única possibilidade. Então a resposta para a sobrevivência é o massacre da imaginação? Então, para que conquistemos nossos “objetivos” na verdade devemos ter apenas um? Que bela perspectiva! 
Se não há outro caminho, faça o seguinte, feche os olhos e imagine que cada sonho que possuí é uma estrela cintilante no fundo negro do céu. Levante seu dedo e aponte para a que lhe aparecer mais viva e incandescente. Quando o fizer assopre o espaço com todas suas forças e veja as demais estrelas morrerem. Nesse momento você saberá qual sonho lhe restou...

Pensamentos Confusos


Quero-te. Não! Distante de mim, agora e sempre. Procuro-te.  Não! Perco-te e quero nunca mais te achar.  Encontro-te. Sim! Infelizmente, reencontro-te... Quando menos espero fazê-lo. E quando desejo, tenho o resultado inverso. Lembro-te. Sim! Da forma mais dolorosa. Esqueço-te. Não! Mentira...   Anseio, mas não alcanço. Perdido estou  e  não encontro-me nesse labirinto.  Sufocado estou... Em pensamentos confusos.

Nobody Cares


Não... Ninguém se importa com suas lágrimas. Pensam que o fato delas existirem é sua infantilidade para com o mundo. Mas infantilidade é essa mentalidade fútil e arcaica. Se você chora é porque foi forte por muito tempo e agora já não aguenta mais tanta pressão.
Ninguém se importa com a sua tristeza. Enquanto você se contorce em seu desespero passional, as pessoas ao seu redor fingem não perceberem a situação angustiante em que você vive.
Ninguém se importa com suas mágoas. Se você as possui, então, isso significa que você não teve a capacidade de perdoar... Interessante ponto de vista. Porque se você comete algum deslize todos se importam e lhe julgam por seus erros.
Então para que demonstrar?! Sorria, chore, grite, sussurre, soque, quebre... Faça o que for preciso para que consiga ser feliz, porque a não ser você, ninguém mais se importa! 

sábado, 22 de junho de 2013

Keep Fighting?


Ah! Essa contrariedade que me forma... Essa complexidade que me abrange...! Já estou cansado de tanta inconstância. Queria ao menos uma vez tomar uma decisão com cada célula do meu corpo, com cada pedaço da minha alma. Não aguento mais esses dois lados que me dividem. Um dizendo para jogar tudo para o alto, xingar, brigar e nunca mais voltar atrás, enquanto o outro fica sussurrando: “Suporte mais um pouco. Tenha um pouco mais de paciência, eles irão mudar.”
Eu já estou farto de esperar mudanças! Estou farto de falsas expectativas, de falsos horizontes. A verdade é esta que está confrontando minhas vistas e nada mais. É como sangue em fundo branco, não há como negar o que é tão exorbitante.
E se essa é toda realidade  que me circunda... E se eu tenho conhecimento de tal fato, por que me é tão difícil tomar a decisão certa de uma vez por todas? Por que insisto nessa farsa? Por que continuo a tentar me iludir?
Não seria muito mais fácil abrir mão?

Tempo...


O tempo passa de forma cada vez mais rápida, girando os ponteiros do relógio de forma frenética e nos induzindo a rotinas cada vez mais agitadas. Ele passa como o vento que corre por nossos corpos. E enquanto ele caminha, devemos tentar acompanha-lo da forma mais ágil possível, antes que sejamos esquecidos e abandonados no passado.
Nessa tarefa não podemos falhar se quisermos continuar a existir como agora. E para isso é necessário que façamos as escolhas certas, nos momentos certos. Com relação a minha pessoa, vontade não me falta para viver e lutar, apenas desaparece quando preciso e reaparece quando estou prestes a desistir.
Coragem? Pergunto-me onde esta se meteu. Fugiu de mim quando percebeu que eu a estava monopolizando. E deveras essa foi minha realidade há algum tempo. Mas quero retomá-la neste presente em que vivo. Quero viver e sentir que o faço novamente. Quero sentir ares diferentes, quero sentir sabores diferentes, luzes diferentes, aromas diferentes. Quero tudo o que me for novo, enquanto há tempo.
Porque estou cansado do “nada” que me aguarda, pois é nisto em que minha vida se resume ultimamente: no “nada” que não quero e no “tudo” que espero.
Com essas reflexões o tempo passa rápido e demasiadamente lento. As horas não param, seus minutos muito menos, levando consigo os ponteiros do relógio e com eles minha essência. Assim, só quero sonhar mais um pouco enquanto há chance, quero esse meu todo que para o mundo é pouco. Porém, quero que tudo que eu sonhe seja possível e que eu possa realizar em tão pouco tempo.

Meu Remédio: Toxinina


Quando lhe conheci, pensei que você fosse minha salvação. Meu remédio. Mas com o tempo percebi que os efeitos que você me causava, não eram normais e muito menos saudáveis, por completo. Isso me fez notar seu lado obscuro e misterioso. Aquele lado que você sempre tentou esconder.
Percebi, então, que você não é somente meu remédio; minha cura. Você, também, é meu veneno; corrosão do meu ser. Vida e morte. Você é o paradoxo da minha existência. Dois elos: um bom e outro mau.  Uma libertação e uma sentença. Minha libertação e minha perdição.Você é minha toxina e meu antídoto em um mesmo frasco...

A Shadow Called Frustration


As pessoas têm muitas expectativas e poucas atitudes. De que adianta esperar pela ação do próximo? De que adianta esperar que as pessoas façam algo por você ou que te ajudem? De que adianta depositar suas expectativas nos outros?!
No final, você acabará desapontado uma vez mais. No final, ninguém se importará com você ou com o que lhe acomete. Por acaso a decepção é prazerosa? Por acaso a frustração é uma boa amiga? E se for, isso não seria masoquismo?
As pessoas esperam muito uma das outras, mas não tomam qualquer atitude quanto a isso. Então, por que não se valem apenas de si mesmas?  Se querem ter expectativas, que as tenham para consigo e ninguém mais. Pelo menos, assim, decepções seriam evitadas. A frustração deixaria de ser uma sombra da expectativa, porque o objeto que a projetava não existiria. No lugar dele haveria a surpresa... A simples brincadeira do Destino.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Madrugadas Solitárias


Duas da manhã, eu acordo desnorteado. Mais um sonho me torturou em plena madrugada. Não sei ao certo o que fazer... Minhas esperanças já se perderam como areia soprada pelo vento.  Pior que meus sonhos, são os momentos, como este, em que acordo no escuro da noite com minhas lembranças avivadas. Tudo o que menos anseio é remoer o passado, mas este se faz tão difícil de ser esquecido.
Estou chorando novamente e  não sei explicar como ainda consigo fazê-lo, depois de tantas lágrimas transbordadas. Você, evocado por todos meus fantasmas do passado, vem me assombrar, rir mais uma vez de mim. Enquanto a Solidão invade minha casa para fazer-me companhia.
O som de seus passos silenciosos acompanha-me até a cama. Minh’alma está despedaçada sobre um lençol de mágoas, que você tivera questão de me deixar como presente. Você quis amaldiçoar-me a esta “vida”. A esta dor eterna que vem sorver-me o espírito todas as noites, como um vampiro que suga a essência de suas vítimas.
A Solidão por sua vez está na sala ao lado dançando vagarosamente ao ritmo do meu pranto. O que ela quer é adentrar em meu peito, no lugar em que um dia lhe pertenceu e tomar para si meu coração, em suas delicadas mãos. E eu estou a me questionar por que não  entregar-lhe de bom grado esse objeto obsoleto que, para mim, perdeu a utilidade quando foi partido por você.
 Assim são todos os meus dias, nesta infeliz existência, a qual fui condenado a perecer, pelo único crime que cometi em minha vida: amar-te.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Um Sorriso Nos Teus Lábios


Vejo-te chorar por ele. Vejo-te chorar por outros. E mais do que ninguém e, até mesmo, mais do que você, eu sei que eles não merecem as lágrimas que deslizam por sua face. Tu choras por pessoas perdidas. Tu choras por pessoas que não valorizam o fato de ter te conhecido. Entristeço-me quando tu entristeces. E é pela importância que te dou que sempre estou e sempre estarei ao teu lado para te ajudar em sua dor. Mas ficou feliz ao perceber que aos poucos teu sofrimento diminui, que tuas lágrimas não se fazem mais tão presentes e quando estas reaparecem em teus olhos apenas evidenciam a cura do teu coração e significam o fim de ilusões que pairavam como névoas sobre tuas vistas.
Agora vejo que tu começas a ser mais feliz do que antes. E vejo que minha luta não foi em vão. Pode ser que demore mais um pouco e que essa guerra de sentimentos perdure, mas no final eu verei a pura felicidade brilhando no cristalino de teu olhar. E farei um sorriso nos teus lábios se formar.

domingo, 9 de junho de 2013

Seu Último Ato


A brisa do final de tarde, dançava por todo meu corpo. Era como se me fosse concedida a oportunidade de voar. E eu queria me lançar do abismo, ao mesmo tempo em que, na realidade, não queria. No fundo, o que eu mais desejava era que você chegasse para me impedir, para me salvar daquela loucura que havia se apossado de mim.
Quando eu estava prestes a abrir mão de qualquer coisa que ainda me restava, você apareceu. Segurou-me da maneira como só você sabia fazer, e ali naquele momento eu acreditei que tudo voltaria a ser como antes, que tudo o que tivéramos retornaria.
 Mas era apenas mais um de seus jogos desalmados que me destruíam. Por que, então, você voltou? Só para ter o prazer de me empurrar penhasco abaixo? Não bastava me deixar morrer? Você realmente precisava me ferir uma última vez? Por quê?

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Why Is It So Complicated?


Na época em que eu era meu ego, fui um sem ser único, fui vários sem ser múltiplo. Mas como fui sem que eu fosse realmente, já não o sei. A única certeza que tenho é de que naquele tempo eu era assim. Agora, no espelho em que me olho, não há reflexo, senão o de pedaços. Do que? Não faço ideia. Talvez, sejam pedaços de mim, talvez sejam minhas alucinações ou quem sabe sejam miragens de olhos doentes. Não fico me questionando sobre isso. Se são essas as coisas que vejo, então que sejam essas coisas. Se não houver explicação, então que não haja uma.
O que anseio é tão confuso para os outros que me compõem quanto para mim. Como ansiamos e não temos certeza sobre o que queremos? Como desejamos e não queremos? A loucura me é tão certa quanto perigosa. Minha amiga de longa data. Enquanto a lógica, aquela ingrata, me abandonou com uma caixa de Pandora.
Não quero morrer entre dúvidas, não quero desfalecer em mentiras. Quero a vida, quero o mundo, quero a alma, de  preferência a minha. Quero ser feliz, mas tenho medo de o sê-lo. Quero me libertar, mas tenho medo de fugir. Então por que me atormento com meu cárcere? Por que me amarguro com a falta?
A resposta não me surge e talvez nunca me ocorra. Meu horizonte  me é tão incerto quanto meu futuro. Da vida não tenho nada além do meu invólucro. Mas, eu não quero nada mais do que a felicidade sem receios. Do mundo não levo nada senão o conteúdo do lacro da matéria. Somos isso não é verdade? Carne que apodrece, pele que perece e corpo que desfalece. Só o espírito nos resta. Nossas memórias e sentimentos do que um dia existiu. Então por que tudo me parece tão complicado? Por que tudo me parece tão abstrato?

domingo, 2 de junho de 2013

What They Do Say...


As pessoas têm que aprender analisar umas as outras. Deixar de serem vagas e objetivas ao excesso, para variar um pouco. Devem começar a olhar no fundo dos olhos de cada uma, em busca de suas almas. Nada de esquivar-se da realidade e contentar-se com meias verdades. E para tal fim, elas devem aprender que para conhecermos bem uma pessoa, não devemos dar atenção ao que as outras dizem sobre esta em questão, mas na verdade, devemos prestar atenção ao que essa pessoa fala sobre as demais. Por que isso nos indicará quem realmente essa pessoa é e como ela é. Abrindo-nos de uma vez por todas as portas para a verdadeira face do ser.



Losing Me


Eu me surpreendo com a capacidade das pessoas de atribuir a sua indiscutível culpa sobre os ombros de um inocente. Eu me surpreendo com a ousadia de acusarem-me de esquecer alguém ou deixar alguém para trás.
Eu nunca conseguiria conviver comigo mesmo se isso fosse verdade. E a resposta que tenho para esses indivíduos é que eu não abandono ninguém e não esqueço ninguém, mas as pessoas é que aos poucos vão me perdendo. Arrancando pedaços de mim, que vão ficando em suas mãos no meio do caminho. Enquanto isso, eu continuo a caminhar pela estrada da vida e mais tantas pessoas vão desprendendo-se, levando consigo o mínimo do que poderiam ter de mim. Elas vão me perdendo e nem percebem o que fazem até ser tarde demais. Não se importaram até então com o que acontecia. Por que agora o fazem?
E eu vou andando, andando, andando, andando... E sendo perdido.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Noturno


Sombrio. Guardo-me nas sombras do mundo. Sombrio. Deslocando-me por entre a noite densa. Procurando de porta em porta por suas almas amenas. Querendo-as unicamente para mim. Sou o escuro de todas as coisas, o vazio de todos os seres, o frio em meio ao fogo. Sou a sombra de todos vocês, humanos, que corre fugaz cortando os céus entre as madrugadas e suas últimas badaladas. Sou a força invisível que para e inicia guerras, sou a Potência e a Capacidade em sua forma bruta. Sou o amigo que todos temem. Sou o véu que define sua vida e abre as portas para o Além. Sou... Noturno.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Enlameai-vos


Quebrastes vossas almas sem pudores e em vossos olhos funestos não há resquício de arrependimento.  Sois a putrefação do ser, mórbida desgraça em desalinho. Então, enlameai-vos no lodo de vossas almas perdidas. Regozijai de vossas últimas quimeras enquanto há tempo, porque tudo há de chegar ao fim, seja quando for. E vós, criaturas horrendas, havereis de arder no frio de vossas escolhas.


Silêncio Dos Inocentes


O mundo não é mais o mesmo. Não consigo acreditar como as coisas puderam chegar à situação tão crítica. Não me admira que exista maldade no mundo. Não me admira que existam pessoas perversas nessa terra. O que me apavora é o fato de que os bons se calaram. Eles não criticam mais, simplesmente desviam seus olhos da realidade e continuam a caminhar, como se tudo o que está acontecendo nunca os atingirão. Que ilusão!
E é isso que mais me apavora nessas pessoas tão desconhecidas, agora, para mim. Seu silêncio. Silêncio de inocentes, que no final deixaram de o ser, já que sua atitude é a mais vergonhosa concessão de pecados.
 Silêncio de lábios costurados.

terça-feira, 21 de maio de 2013

My Own Wings



A Vida às vezes é tão complicada! E não porque ela é por si só, mas na verdade porque o homem só complica sua existência. Então quando me canso desse mundo, eu simplesmente fecho meus olhos e viajo em mil mundos paralelos. Neles, geralmente eu tenho asas enormes para poder alçar voo. Em cada mundo  uma asa diferente; tenho roxas, tenho brancas, pretas e azuis. E todas elas me livram da miséria em que se encontra a verdadeira realidade em que vivo.
Quanto às pessoas ao meu redor... Elas não me entendem. A seus olhos sou apenas mais um louco ou então um garoto que não soube crescer. O que elas não sabem é que crescer é inevitável, agora amadurecer é para poucos, e elas não estão incluídas nesse grupo. Pelo menos na minha “loucura” e criancice eu não mato, não bebo, não roubo, não minto e não traio. Amo ser uma criança crescida, com minhas asas imaginárias aventurando-me em meu próprio ser e saltando de penhascos com a certeza de que diferente de muitos, ao chão eu nunca chegarei.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Backstab


Enquanto ando pelas ruas da vida, faço uma coisa que poucas pessoas praticam: olhar e analisar atentamente o que ocorre ao meu redor, além, é claro, de prestar bem atenção às pessoas que cruzam meu caminho. Nesse processo de aprendizado, percebi que existem pessoas adoráveis, outras amáveis e, infelizmente, as repugnantes. Dentre elas, existem pessoas que se enrolam como serpentes em mantos e fantasias. São dóceis e confiáveis até o momento em que você virá as costas e então, elas cravam suas presas venenosas em seu pescoço, sem dó nem piedade. Esmagando e triturando a quem elas chamavam de amigo. Assim, são essas pessoas, ágeis como as cobras e perigosas como as peçonhentas.

Where Is The Truth?


O que é verdade? Será que a verdade é algo verdadeiro? Será que a verdade não é, como alguns dizem, apenas uma mentira bem contada por tanto tempo, que ninguém mais se lembra desse  fato? Será que a verdade existe ou seria apenas uma ilusão?
Seria a verdade uma condição de pessoa para pessoa e de situação para situação? E por que devemos ter conceitos ditos e acreditados como verdadeiros? Será que a grande questão não seria perguntar: Para quem e por que é verdade?
Porque se formos parar para pensar, a verdade nada mais é do que aquilo que alguém afirma ser certo ou verdadeiro. Sendo assim, não há nada além das palavras das sociedades, apenas  conceitos e mais conceitos sendo empurrados para dentro de nossas cabeças, tornando-nos servos de ideias e ideais que podem ser, como muitos o são, corruptíveis. Então paremos para pensar no que nos é dito e afirmado, sejamos descrentes da Palavra do homem, sejamos desconfiados do Caráter do homem e acima de tudo perguntemos a nós mesmo: Existe Verdade? E na certeza de que exista uma Verdade absoluta, não estaria ela sendo escondida por inumeráveis mentiras? Não estaria o homem fechando os olhos para não ver o que está tão facilmente a sua frente? Portanto, onde está essa verdade?

terça-feira, 14 de maio de 2013

What Is Deep Hidden?




Às vezes eu paro para pensar na vida e então eu enxergo todas as máscaras, todas as maquiagens e todos os disfarces jogados mundo a fora. Em alguns momentos, me parece que tudo o que vemos e até o que acreditamos são nada mais do que mentiras tão bem contadas, por tanto tempo, que se esqueceram do que realmente são.  E se essa for a real verdade? E se isso for o que realmente acontece? E se nada do que pensamos ser, é de fato?  Então, o que essas mentiras escondem? O que elas bravamente tentam disfarçar por entre os séculos? E Por quê? O que há no fundo da alma humana...? O que há no fundo de nossa história, que deve ser escondido? O que será...? 

sábado, 11 de maio de 2013

Masked People


Existem pessoas que se habituaram a utilizar máscaras assim como se usam meias. E se tornaram tão habilidosas no ato de trocar de persona que até mesmo elas, chegam a não saber como seu verdadeiro rosto é de fato. Estas pessoas estão largadas aos montes entre nós, esgueirando por entre as sombras ou expondo-se ao máximo para, ao mesmo tempo, não chamar nossa atenção. Elas são o que querem que nós achemos que elas são, ou pelo menos, acreditam que o fazem; se fingem de amigas e até mesmo de inimigas em alguns casos. Mas tudo não passa de mais uma bela interpretação para concluir seus planos asquerosos. Para elas, todos nós somos peças de um tabuleiro de xadrez, que podem ser manipulados e usados ao seu bel prazer e intuito.
Elas, também, acreditam que estão sempre no controle da situação e das pessoas ao seu redor. São arrogantes disfarçadas por atos humildes, que subestimam a todos. E é aí que se encontra o ponto mais fraco delas... Elas são pegas de surpresa quando alguém se mostra mais astuto do que elas esperavam.

On That Day


Triste foi o dia em que um homem levantou cercas, demarcando um território e disse “Isso é meu!”. E não houve ninguém intelectualmente capaz de contradizê-lo. Ali começaram todas as tristezas, todos os sofrimentos, todas as guerras, conflitos e mortes que manchariam a trajetória humana sobre essa terra. Ali, nascia o egoísmo humano. Ali, começou o início de nosso Fim.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Os "Por quês" Do Homem


Hoje em dia muitas pessoas perderam a Fé nas coisas, a fé no mundo; na natureza, nelas mesmas e em Deus... Quão triste este fato não é para a humanidade! As pessoas também deixaram de: temer o que deve ser temido; cuidar do que deve ser  cuidado; esquecer o que não deve ser lembrado; e amar incondicionalmente a tudo e a todos e principalmente às coisas mais simples, que no final das contas são as mais difíceis de serem praticadas.
Por que o mundo se tornou tão frio? Por que as pessoas se tornaram tão insensíveis e descrentes? Por que acreditar em “metafísicas” é loucura? Por que devemos nos tornar seres sem esperança? Por que o mundo é assim? Por que  as pessoas se transformaram nesse homem oco e perdido? Por quê?

In The Palm


"[...] E no quebra-quebra incessante, no barulho atordoante e no vil construir, o homem acredita que cria, que dá e tira a vida dos objetos moldados por suas  mãos imperfeitas. Ele acha que tudo está a seu alcance e que a seu poder tudo é possível. Não crê nas coisas que chama de mera metafísica, mas tem total tolice para achar que tudo se deve a ele e a sua existência no solo desse mundo. E assim, se ilude, achando que os mistérios da Vida não o são secretos e estão guardados à chave nas palmas de suas mãos."

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Choices


Quando crianças, até um determinado momento, todos são extremamente puros. E isso permanece mais alguns anos, se não formos corrompidos pelas circunstâncias. Agora, quando chegamos à fase adulta, vemos muitos de nossos conhecidos sendo desvirtuados de suas convicções, e quando estas são colocadas à prova... O que recebemos como resposta?
“A vida nos mudou”. Será que realmente a vida nos muda ou somos nós que nos permitimos ser mudados pelas circunstâncias impostas a nós durante a vida? Será que não é a fraqueza humana se manifestando mais uma vez? A verdade é que cada um toma suas próprias escolhas e a partir desse momento devem estar cientes que terão de arcar com as possíveis consequências dessas mesmas escolhas.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Slaves


Muitas pessoas dizem-se livres e acreditam que realmente o são. Coitadas! Como tenho pena dessas pessoas! São, talvez, os casos mais sérios de alienação, que podem ser encontrados mundo a fora.  Acreditar que somos livres nada mais é do que acreditar em uma das maiores ilusões que o ser humano pode ter durante sua singela existência. Não somos livres e, nem, nunca seremos enquanto estivermos vivos. Porque nós, homens, estamos desde o início dos tempos, presos a grilhões indestrutíveis e mutáveis. Somos escravos de nossos desejos inconstantes, que nos atormentam e dilaceram pouco a pouco. Somos, também, escravos de nossos pensamentos, de nosso corpo; escravos da sociedade e do tempo; escravos da vida, do mundo, do clima, da natureza, das doenças, da gravidade, dos acidentes; do Sol e da lua... Enfim, somos escravos de tudo aquilo que não podemos controlar.  E mesmo assim, existem pessoas capazes de  se acharem superiores a outras ou de acreditarem que são livres. Pobres ilusões...! Para pobres corações!



segunda-feira, 29 de abril de 2013

Oh! Ma Chérie!


É muito engraçado como pessoas como você, Ma Chérie, pensam ser astutas ou ousadas ao lançar diretas disfarçadas de indiretas, se é que assim pode-se dizer. Já que era para ser “atacado”, pelo menos, fosse bela e requintada, sua tentativa. Então, como sua capacidade é mísera e infrutífera, gostaria de ser poupado de tamanha tolice e de momentos de desperdício da minha tão requerida atenção.   Pardonnez-moi si j'étais trop grossier, mais la bêtise est payé avec ingéniosité et élégance.

Why Don't Put Them On Fire?


Nunca tive problema com o ícone conhecido como palhaço. Nunca gostei como, também, nunca desgostei. Mas, ultimamente, ando odiando certos palhaços que se meteram no meu caminho. Estes não são artistas, são na grande verdade como bobos da corte, que animam a plateia enquanto isso lhes convir e lhes for necessário. Depois que seus objetivos obscuros mudam, eles se tornam verdadeiras víboras que o que mais anseiam é ver o circo em chamas diante de seus olhos. Bom! Se o que querem tanto é fogo... Por que não incendiá-los?!

Battlefield


Na minha concepção, campo de batalha é o local onde ocorrem inúmeros massacres e assassinatos pelas mãos da Hipocrisia e da Infantilidade, que certas pessoas carregam dentro de si. A Grande questão e o grande problema são quando você se encontra no centro de uma dessas frentes de combate como território neutro, sendo bombardeado por todos os lados de modo incessante por forças irracionais, tendo de decidir friamente e maquiavelicamente cada passo a ser dado ou retrocedido. Talvez, para alguns, o melhor a ser feito seria tomar partido, isto é, decidir quem ajudar e quem decapitar. Mas para mim, se for para entrar na sandice guerrilheira, creio que o melhor e o mais justo seria não poupar ninguém, e aniquilar de uma vez por todas a Falsidade de inconsequentes.

domingo, 28 de abril de 2013

Less Pure


As coisas são dessa maneira, surgem puras, assim como o homem já foi um dia. Mas com o tempo elas são consumidas pelo anseio, pela obsessão, pela ganância. E então o que demorou a aparecer tão magnificamente acaba em breves suspiros de dor e humanidade.

Save Me!


Não deixe-me perder-me. Não deixe-me esquecer-me. Não deixe-me afogar-me. Salve-me de mim mesmo. Salve-me desse mundo. Salve-me dessas pessoas. Por favor, Salve-me. Não... Sim... Salve-me. Mate-me, mate-me. Liberte-me dessas correntes; liberte-me desses grilhões. Apenas arrebente. Arrebente a única coisa que me mantém preso... Aqui.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Descartável?


Ultimamente as pessoas pensam que amigos são como reles objetos, que podem ser usados, desgastados e finalmente descartados como lixo. E assim os trocam por novos brinquedinhos que se mostram mais “eficientes” no momento.

Growth


Quando se é criança tudo o que é ruim pode passar despercebido pelos olhos da Infância. Mas, então, para nossa infelicidade, crescemos e somos apresentados a fase adulta e assim abrem-se as portas para o mundo real.

Se A Mentira Fosse Verdade


Se a mentira fosse verdade, ela seria o que não é. Se a mentira fosse verdade, pessoas não sairiam machucadas; pessoas não seriam falsas; pessoas não inventariam; pessoas não condenariam; pessoas não esconderiam. A mentira é um poço de carcoma e falsidade, e as pessoas que dela usufruem não são nada mais do que a mísera podridão corrosiva.

Friendships Of Trust


O Destino é traiçoeiro e imprevisível. Muitas vezes toma a forma de quem menos  se espera e muda seu nome por diversos outros. Algumas pessoas deveriam rever seus conceitos de amizade e confiança. Deveriam abrir os olhos para as companhias que ostentam como símbolos de sinceridade. Algumas pessoas deveriam perceber o terrível engano que comentem. Mas às vezes o pior é a única solução... Irônico, não é mesmo?  Sim, a vida é irônica e as pessoas muito mais!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Monstro Humano



Quando eu era criança e inocente, eu acreditava que tudo era possível, até mesmo o que as demais pessoas diziam ser apenas irreal. Mas o tempo foi passando e a Vida, ou melhor, o Mundo humano me ensinou que às vezes nem as atitudes mais simples e puras são possíveis, quando se tratam de atitudes humanas. É tão irônico como as pessoas, nos momentos em que se assustam com algum individuo “fora” do comum, gostam de usar  expressões  como “monstro” ou “não é humano”. Mas... Será que ser um monstro ou ser humano não significa ser a mesma coisa? Será que se vangloriar por ser um animal racional é algo realmente bom?


segunda-feira, 18 de março de 2013

Sou O Que Sou



Eu sou o que sou, mas também sou o que nada sou. Sou, porém, o que sempre fui, e o que sempre deveria ter sido, mesmo sem nunca ter deixado de ser o que eu quero continuar sendo no meu ser.

Cold



Nossas almas não são mais quentes, não são mais vivas e nem mais belas. Agora elas refletem o egoísmo e maldade em que nos convertemos,  perversos e inescrupulosos como nunca antes. Somos como o sopro frio e impetuoso do inverno que congela os rios e fragiliza as árvores. Sim... Somos frios.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Those People



Aquelas pessoas a quem você deu seu ombro amigo... Aquelas pessoas a quem você aconselhou e escutou... Aquelas pessoas a quem você doou-se sem restrições... Estas serão as mesmas pessoas que irão julgar-te por mentiras, apedrejar-te por ilusões e esquecer-te por infames.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Falsidade Verdadeira


No riso falso da Verdade percebi a existência da pior falsidade, impregnada de maldade corrupta que corrompe o meio, enquanto ostenta uma máscara de inocência teatral. Capaz de persuadir e iludir aqueles que nesta Negra Persona depositarem sua humilde fé de uma amizade verdadeira.  Este é o sub ser cuja projeção não passa de uma sombra de uma mente perturbada e perigosa.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nas Dobras De Papel


Quando não tenho coragem de dizer o que sinto, digo o que não penso e penso no que vejo. Quando vejo que a dor é iminente, refugio-me nas dobras de papel. Nesses cantos esquecidos pelo mundo desabafo minhas mágoas sem redenção que impregnam o simples com complexos dispensáveis, no entanto, profundos. Profundidade que muitos não  dariam valor, por ser a dor de um “desvalido”.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Segredos Selados


  Minha boca está perpetuamente selada como as pedras mortuárias dos mausoléus. Não importa o quanto tentem tirar de mim vossos segredos alheios, pois assim como os do universo estão presos dentro do meu peito, estes me acompanharão na empreitada do Mistério, até as profundezas do Além.


Devotion