Eu me surpreendo
com a capacidade das pessoas de atribuir a sua indiscutível culpa sobre os
ombros de um inocente. Eu me surpreendo com a ousadia de acusarem-me de esquecer alguém ou deixar alguém para trás.
Eu nunca conseguiria
conviver comigo mesmo se isso fosse verdade. E a resposta que tenho para esses
indivíduos é que eu não abandono ninguém e não esqueço ninguém, mas as pessoas é
que aos poucos vão me perdendo. Arrancando pedaços de mim, que vão ficando em
suas mãos no meio do caminho. Enquanto isso, eu continuo a caminhar pela
estrada da vida e mais tantas pessoas vão desprendendo-se, levando consigo o
mínimo do que poderiam ter de mim. Elas vão me perdendo e nem percebem o que
fazem até ser tarde demais. Não se importaram até então com o que acontecia. Por
que agora o fazem?
E eu vou andando, andando, andando, andando... E
sendo perdido.
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