Eu
não sou tão diferente de um espelho quanto os outros imaginam. Da mesma maneira
que não sou tão diferente do gelo ou do fogo. O que muitas pessoas não
compreendem é que eu sou mais do que elas veem e menos do que elas imaginam.
Porque elas não acreditam no que de fato eu escondo e me subestimam pelo que
enxergam.
Eu
não tenho as pessoas, são elas que me têm; são elas que me fazem sem mudarem
quem eu sou. Eu apenas reflito o que elas projetam em mim. Não tenho culpa se consequentemente elas não se agradam
com o que recebem. Os erros são deles, não meus. Eu sou a reação aos atos.
Sou
acolhedor quando precisam que eu o seja, assim como sou distante quando me o
fazem ser. Posso ser quente como o fogo, mas também posso ser frio como o gelo.
Serei o que cada um merecer, sem mais nem menos; sem tirar nem por.
E
talvez eu deva estragar a amarga surpresa de alguns e dar um curto e breve aviso:
eu nunca sou injusto e por tal fato não aceito que me deem injustiça como
presente falso e caricato. Se de mim quiserem distância depois não busquem
retroceder em suas escolhas, porque de mim receberam apenas uma fria e
permanente indiferença.
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